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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um caso de amor com o todo

Meditar significa tornar-se ninguém. Significa dissolver-se no todo: não se manter separado, não resistir, mas dissolver-se...
É um caso de amor com o todo, uma unidade orgástica com o todo. É claro que, diante do todo, somos nada – pequenos como gotas de orvalho diante do oceano.

E, no momento em que você sabe que não é nada comparado com o todo, você aceita o todo com alegria - não em resignação, mas em júbilo, porque com o ego desaparecem todas as ansiedades, todos os medos.

Até o medo da morte desaparece quando você abandona o ego, porque só o ego morre. A realidade que você tem é eterna.
Quando todas as ansiedades e as preocupações desaparecem, você fica em descanso total.

A ausência do ego é o começo da meditação, e o descanso é a realização. Quando você se encontra em descanso tão profundo que nada pode perturbá-lo, é porque você achou sua casa... o que no Oriente se chama satchitanand: verdade, consciência, bem-aventurança - as três faces de Deus, a verdadeira trindade.

No momento em que você está totalmente em paz, em silêncio, todas essas três faces são suas - você se torna divino.

Na verdade, você sempre foi divino, mas só agora está descobrindo.


Osho

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