OSHO
A verdadeira meditação é sentar-se sem fazer nada — não usar seu corpo nem sua mente. Se você começar a fazer alguma coisa, ou você entrará em estado contemplativo ou estará concentrado, ou executará uma ação — de toda forma, estará movendo-se para fora de seu centro.
Quando você não estiver fazendo absolutamente nada, seja física ou mentalmente, ou em qualquer outro nível, quando toda atividade houver cessado e você estiver apenas sendo, isso é meditação.
Não a pratique, não a faça.
Apenas compreenda-a.
Sempre que você conseguir, pare todo o resto e encontre tempo para apenas SER.
Pensar também é fazer, concentrar-se também é fazer, contemplação é fazer. Mesmo que seja um único momento em que você não esteja fazendo nada e esteja apenas em seu centro, completamente relaxado, isso é meditação.
E quando você se acostumar, poderá ficar nesse estado por quanto tempo quiser.
Com o tempo, poderá ficar nesse estado durante as 24 horas do dia se desejar.
Após ter experimentado esse estado de tranquilidade, então, aos poucos, você começará a fazer coisas, mantendo-se alerta para que seu ser não seja perturbado. Essa é a segunda parte da meditação.
Primeiro, aprender a simplesmente ser, depois aprender pequenas ações: limpar o chão, tomar banho, mas sempre mantendo-se no centro.
Por exemplo, você pode estar lendo esse post, mas sua meditação não será perturbada.
Pode continuar falando, mas em seu centro não há sequer um ruído.
Há apenas silêncio, silêncio absoluto.
A meditação não é contra a ação, pois sua vida continua e, na verdade, torna-se mais intensa, mais cheia de alegria, com maior clareza, mais visão e mais criatividade. Ainda assim, você está nas nuvens, um observador nas montanhas, apenas vendo o que ocorre a seu redor, em seu CENTRO.
Você não é aquele que faz, mas sim o que observa.
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